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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Entrevista com o Mestre FIDE Herbert Carvalho - Parte I

      Olá caros leitores! Publicaremos a partir desta semana uma entrevista feita com o Mestre FIDE e ex-segundo do Mequinho, Herbert Carvalho. Tal entrevista será dividida em partes, publicadas semanalmente. Fora feita pelo jornalista-enxadrista Wilton Yokomizo em seus tempos de faculdade, com o seguinte tema: Xadrez: ferramenta pedagógica e de análise de sociedade. 

Espero que seja proveitosa a todos. Boa leitura !
Primeira parte:

Entrevistador: Wilton Yokomizo

Herbert Carvalho fala sobre interessantes aspectos do jogo e sobre o livro “Tabuleiro da Vida”

      Herbert Carvalho é enxadrista e foi jornalista especializado na área. Um resumo da sua carreira como enxadrista: foi vice-campeão paulista ainda criança, técnico do Mequinho nos anos de 73 e 74 e depois seguiu carreira individualmente. Seu melhor resultado foi o vice-campeonato brasileiro, em 1980. Nessa mesma época, integrou a equipe brasileira que jogou a Olimpíada Mundial de Xadrez, na Ilha de Malta (assim como os demais esportes, o xadrez possui uma Olimpíada!).
      Foi militante político e após organizar um torneio amistoso em praça pública, foi preso junto com o futuro ministro e então presidente do sindicato dos bancários, Luiz Gushiken e esteve detido no mesmo período e local que outra figura pública que “alcançaria a oitava casa”: o atual presidente Luis Inácio Lula da Silva. Viajou por diversos países em função da sua carreira de jornalista-enxadrista, pelo jornal “Folha de São Paulo”.
      Nessa entrevista, ele fala sobre diversos aspectos interessantíssimos do esporte e sobre como a vida pode estar ligada ao “jogo de Caíssa”.
      A conversa com Herbert Carvalho revela a pessoa além do xadrez: um erudito tanto no xadrez quanto nas demais áreas do conhecimento.

Wilton Yokomizo - Herbert Carvalho, gostaria que o Sr. fizesse uma apresentação breve, da trajetória do senhor no xadrez durante a sua vida.

Herbert Carvalho -  Meu pai me ensinou e deu um pequeno livro, mas eu não tinha muito com quem jogar, então eu rapidamente decorei todas as partidas que tinha no livro. O livro era escrito em espanhol, então, eu não só aprendi xadrez como aprendi um pouco de espanhol também. Era um livro muito fininho, devia ter umas 20 partidas. Desde essa época que eu penso na questão de que a bibliografia do xadrez, em português, é escassa.
      Aprendi a jogar xadrez com 7 anos e rapidamente me tornei um dos melhores jogadores de São Paulo; fui vice-campeão paulista, com 12 anos, já jogava dos 15 aos 17 o campeonato brasileiro e com 20 anos, pouco menos do que isso, entre 18 e 20 anos, eu já era o técnico do Mequinho (Henrique Mecking, o melhor enxadrista do Brasil em todos os tempos) nos anos 70. Em 73, quando Mequinho se destacou no torneio regional de Petrópolis, eu já era o técnico dele e depois em 74 quando ele disputou com o Korchnoi (Viktor, "o terrível"; fortíssimo Grande Mestre russo/suíço), na cidade de Augusta, Estados Unidos, pelo campeonato mundial, eu, de novo, era o técnico dele. 

Até a próxima !

3 comentários:

  1. Renan,

    Parabéns pelo seu trabalho em prol do xadrez!
    Se fosse possível, gostaria que você divulgasse meu blog com vários exercícios de xadrez:

    http://xadrezdomeujeito.blogspot.com

    Abraço.

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  2. Olha! O blog começou a ser acessado por outros enxadristas! Legal!
    Você viu, Renan?
    Estamos na primeira página do "clubedexadrez.com.br"!
    Conseguimos!
    ÊÊÊ!!!

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  3. Um livro com minhas histórias de xadrez...
    É livre, use e abuse.
    https://www.academia.edu/16826954/en_passant_-_Estórias_e_Histórias_de_xadrez
    abs Salomão Rovedo

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