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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Parte VI

Parte 6 – Mequinho e a Guerra Fria

WY - Falando do “boom” enxadrístico, nas décadas de 60 e 70, principalmente por causa do Mequinho, que foi um prodígio e chegou a ficar entre os 3 melhores do mundo. Ele conseguiu o título de Grande Mestre muito rapidamente, antes dos 16 anos...

HC - Olha, veja como é interessante: depois dele, o Brasil já tem atualmente um total de 5 Grandes Mestres*, (5, excluindo o próprio Mequinho), inclusive alguns se tornaram GM's  (abreviação de Grande Mestre) tão jovens quanto o Mequinho. Nós temos já mais recentemente o Rafael Leitão, que foi campeão mundial da categoria de menores. Mas esse “boom” do xadrez nos anos 70 aconteceu por duas razões: primeiro, por causa da Guerra Fria, quer dizer, os soviéticos tinham completa hegemonia do xadrez mundial desde anos 20, desde a revolução soviética. Por quê? Porque era o único lugar que ensinava nas escolas, era massificado, em cada pequeno povoado soviético. E nunca houvera ninguém no Ocidente que desafiasse essa hegemonia, até que Bobby Fischer conseguiu quebrar isso e na época do auge da Guerra Fria! Foi capa da Revista “Times” e tudo mais. E colocou o xadrez naqueles países que eram caudatários dos EUA do ponto de vista da propaganda e etc, como no caso do Brasil, quando o xadrez ficou em evidência, e ainda surge o Mequinho, que os meios de comunicação se aproveitaram bastante.

* (a entrevista é de 2005; hoje, são 9 GM's; 8, excluindo o Mequinho)

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