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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Parte V

Parte 5 – Xadrez escolar e o futuro

WY - Mesmo nas escolas estaduais e municipais, você acha que pode ter alguma melhora no sentido de incentivar a prática do xadrez, de uma forma mais abrangente e em maior número?

HC - Olha, eu acho que agora você já tem alguns elementos que alguns anos atrás não havia e que podem possibilitar, extraordinariamente a estudar o xadrez. Primeiro deles, é a Internet. Antes, para você jogar, era uma coisa que você tinha que pertencer a algum clube e tudo. E hoje não, você pode jogar em casa, pela Internet, as escolas que tem os computadores, isso facilita extraordinariamente o aprendizado, o estudo do xadrez e a própria disputa, Então, isso é uma coisa que é fundamental. A outra coisa é que nos anos 70, quando se começou a falar de ensino do xadrez nas escolas, você não tinha essa facilidade e você tinha até certo preconceito, muitos achavam que “era um jogo de comunistas”. Até hoje tem gente que acha que xadrez é um jogo de azar, que não pode, que é que nem baralho e não é nada disso. É um jogo, sem dúvida, mas é o único jogo que a sorte não conta, em aspecto algum. Ou, como dizia Capablanca, que foi um grande campeão mundial, “no xadrez, coincidentemente, a sorte sempre ajuda os mais fortes (risos)”. 

      Então, esses aspectos, eu acho, hoje já favorecem extraordinariamente, tanto é que além dessa iniciativa da cidade de São Paulo, existe uma iniciativa do Estado de São Paulo, em várias cidades, Campinas, dentre outras. O estado do Rio começou há pouco tempo, em 150 escolas da rede estadual, o ensino de xadrez, e já tem um programa também do Ministério do Esporte, para fazer a nível nacional, junto com o ministério da Educação.

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