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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Clássicos da literatura (enxadrística) - Xadrez Básico

Existem obras literárias que são imortais, atemporais e influenciam gerações vindouras, como "O Príncipe", de Maquiavel; "A Arte da Guerra", de Sun Tzu e "O Manifesto Comunista" de Karl Marx.
No caso do xadrez brasileiro, existe também uma obra assim, escrita há mais de 50 anos e desde então uma referência para aprendizado e estudo do esporte: o Xadrez Básico, de Orpheu D'Agostini.
Essa obra tem como maior mérito elevar o nível de jogo de todo enxadrísta que o utiliza, desde o jogador amador até ajudar o jogador intermediário ou avançado a levar ao nível de mestre, pois contempla todas as fases de desenvolvimento (abertura, meio jogo e finais) além de várias outras lições.

O que há de tão bom? - A começar pela extensa bibliografia usada como referência para a confecção do livro: clássicos como "Meu Sistema" de Aaron Nimzovich a "Modern Ideas in Chess", de Richard Reti.
Outro grande mérito é a linguagem utilizada, bastante didática (embora sem o bom humor do "Meu Sistema" ou "Coffe House - Chess Tactics", por exemplo), que praticamente leva o iniciante "pelas mãos" até o chamado "nível médio" de jogo - ensina desde o movimento das peças até noções avançadas de jogo.
E por fim, mesmo considerando o tempo que essa obra fora escrito, continua atual, com frescor, mesmo mostrando partidas que hoje são clássicas, as lições continuam como novas, além do repertório muito bem cuidado de aberturas, mostra praticamente todas as linhas principais de jogo, então, continua a servir de parâmetro para o estudo dessa fase do início, bastando apenas após entender (mais um ponto para esse livro) como funciona e quais são os pontos fortes, pegar partidas atuais e estudar a partir daí.

Há algo negativo? - Livros no nosso país não são baratos - para o padrão médio do brasileiro. E esse também não é uma exceção. Na "Livraria Cultura", por exemplo, custa R$ 56,90 ou R$ 45,50 na "Livraria Saraiva" (ambos valores na data de hoje nos respectivos sites). Ou seja, na melhor das hipóteses, cerca de 10% de um salário mínimo.
Embora, claro, deve ser pensado um ótimo investimento.
Outro porém são as edições menos atuais, que ainda utilizam a notação algébrica ao invés da descritiva - exemplo: P4R e não e4, que é praticamente universal.

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